quinta-feira, dezembro 15, 2011

Paciência Acabando...

Mas então, né?
Continuamos a atender com carinho, mesmo o cliente mais dedicado ao esporte de aporrinhar nossos ovinhos.

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"Moço, o mause que o senhor está vendendo aqui a duzentos reais está a cem reais aqui ao lado..."
Parabéns, madame, compre aqui ao lado, quer que eu diga o quê?
A madame sai satisfeita, depois de esfregar o mouse comprado na nossa carinha linda, e entra na loja de lingerie.
Desculpa, será que eu deveria ir atrás dela e dizer, "pare, madame, essa calcinha custa MUITO MAIS BARATO na Americanas, e seu marido não vai notar a menor diferença!" ?

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Você muda de camisa aqui em Ipanema e o pessoal te trata diferente. Se você veste uma camiseta lisa, simples, as pessoas assumem que você é pobre, e precisa ser tratado com monossílabos. Se o senhor veste uma camisa social, com botões, o tratamento já muda, bem se vê.
Entendo, as pessoas em geral não gostam de pobre, e distinção social é uma coisa tão subjetiva que nem vale a pena se chatear com isso. Mas não parece justo a você, já que o morador de Zona Sul detesta pobre, que ele pare de imitar um? Vem aqui na loja, precisa de uma ajudinha, um favorzinho, só tirar uma dúvida. Tudo de graça, tudo pra poder escolher melhor o que vai comprar em outro lugar.
Aliás, desculpe, os pobres que eu conheço, na verdade, entram na loja sabendo o que querem, perguntam o preço, pagam na bucha (vá lá, às vezes pedem desconto e estão certíssimos) e saem da loja de informática sem nenhum drama na consciência.
Agora os ricos, acham que é uma graça entrarem na loja, fazem umas piadinhas ridículas, avisam de cara que não vão tolerar abuso, olham tudo, escolhem tudo, preço de tudo, e no final, a dúvida é se a gente vende lâmpada ou capa de celular.
"já tentou ver na loja de lâmpada se tem lâmpada?"

sexta-feira, novembro 18, 2011

Sra. Dafoe

Mãe, deixa o moço terminar a outra venda!
Estava agora com a equipe do canil Direnna aqui na loja conversando, explicando que nós somos uma simples loja de bairro, quando entra um casal simpático e sorridente, com várias perguntas amenas a fazer, mas o mais importante: disposto a gastar.
Sei que os amigos que acompanham outros blogs ficam com a impressão de que o atendente só está lá pra receber seu suado salarinho após hoooooras de conversa alegre e animada, mas eu tenho uma novidade incrível pra contar pra vocês: a gente precisa vender!
Enfim, encurtando que a hora tá passando rápido, no meio do atendimento do ca$al me entra uma mulher, que eu só posso definir como mãe do Willem Dafoe, aos brados, querendo um caaaaaboooaaam de enfiar no computadoaaaarrrm

Puta merda, viu. Depois eu falo mais, galerê.

Beijão.

sábado, novembro 05, 2011

Atenções e Atendimentos (espero que seja Parte I)


Pra começar o dia: chave na porta da loja, vem a simpática e mete (nove da manhã pelamorrrrr): "Oian, Você trabalha aquiahn?"
Sabe, aquela pessoa que mastiga o rabo das palavras?  Solta cada uma com um 'ahn' no final? Pois é, eu acordei cedo pra chegar na loja e atender essa fofura.
"É que eu tô procurandoahn um modem 3d. Você vendeahn?"
Eu imaginando aqueles smurfs gigantes do filme do James Cameron correndo pra cá e pra lá com um cubo incrível na mão, recomendei que ela procurasse o modem numa loja de celular. Que ela pedisse um aparelho de terceira geração que usa chip de celular para acessar as internets.
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Uma série de clientes depois, um mais lindo que o outro, como por exemplo a simpática senhora que veio comprar dois CDs e comentou que nosso horário de abertura era muito tarde. Ela esteve aqui, fez questão de dizer, às 8:50 da manhã, e nós ainda estávamos fechados. Incrível a capacidade dela de entrar antes do horário de abertura da galeria.
Mas eu dizia, entra um camarada com umas folhas disciplinadamente grampeadas na mão. Ipanema's People é alérgico a Bom Dia, Como Vai, Por Favor, então não preciso dizer que chegou com aqueles ares de quem inventou a roda, a pólvora e o bilboquê na mesma tarde de tédio. "Vim aqui porque você entende!", declarou o estranho, juro, mesmo com toda minha falta de memória, nunca vi o cabra mais gordo. Fiquei olhando com cara de cachorro que caiu da mudança, sabendo que falar perto de maluco pode agravar os sintomas.
"Eu estou prestes a comprar", disse o ilustre, enquanto re-organizava os papéis no balcão, deixando que eu perceba que eram dois grupos de folha devidamente grampeados, um original e uma xerox, "um receiver... E preciso saber se mil e oitocentos reais é um bom preço".
Percebi pelo silêncio que realmente não ia escapar dessa fazendo personagem de cinema mudo. Respondi "senhor, o que é um receiver?" pra ver se o gajo se apercebia da grosseria de incomodar quem trabalha.
Ele parou pra explicar.
Explicou detalhadamente, listando equipamentos, características gerais, marcas e modelos, e no final disse que precisava de ajuda para pensar em uma oferta de um amigo, porque viu na internet pela metade.
Eu acho lindo cliente que entra só pra olhar. Ele é muito melhor que o miserável que entra na loja pra pegar consultoria. Ou fazer um divãzinho básico no 0800.

Como matar um técnico

Eu parei de dar aula, inclusive, porque um determinado sujeito me pegou uma noite de sábado (eu de jantar marcado com a namorada), pra correr na casa dele, urgentíssimo, pra - note bem - continuar ajudando ele com o MP4 francês. Na época, realmente era o último grito ter um MP4, mas a gente fica meio desencantado com essas besteiras depois de alguns anos de estrada. Ele fez questão de dizer que pagava pela urgência. Eu tomei nota.
O camarada já sabia que ia pagar pelo táxi, e por cada hora de atendimento, quando eu cheguei na casa dele. Ainda assim, fez questão de terminar de jantar sem me convidar. Fiquei de terno, em pé, num canto da sala enquanto ele e a irmã jantavam fingindo que eu era parte da mobília. Nesse mesmo canto, falei ao celular, desmarcando o jantar e tomando o cacetésimo esporro da minha vida. É, eu adoro a gandaia encantadora de ser técnico/instrutor.
Só para esclarecer, o cidadão me pagava para ouvir a pergunta dele, procurar no manual dele a resposta, e ler a resposta em voz alta. Juro. Instruções sobre um MP4. Sábado à noite. Juro.
Ele me dava uma olhada de cima a baixo, a cada dez minutos, enquanto perguntava se eu não tinha mesmo um arquivo de MP4 em algum bolso. O que demonstrava 1) o quanto ele prestava atenção no que eu dizia de verdade; 2) que eu era um mago digital que dava hadouken de arquivo; 3) que criatura miserável ele era.
Depois de quarenta minutos lendo historinha pra ele dormir (mesmo efeito), ele se deu por cansado da brincadeira e resolveu que ia me pagar. Surpresa, em cheque. Surpresa, querendo saber quanto davam quarenta minutos da minha hora habitual (R$ 30,00 na época).
"Amigo," expliquei ainda calmamente "eu estou há uma hora e meia aqui dentro da sua casa. Hoje é sábado à noite, eu cancelei um compromisso pessoal para atender o senhor em emergência, e além do táxi, o senhor me deve duas horas, de oitenta reais cada."
Você argumentaria comigo numa hora dessas? Ele tentou.
Eu estava de frente pra ele, encostado numa estante, e no começo da resposta dele, eu estiquei o braço pra trás e fechei os dedos na primeira coisa que coube. Eu realmente, juro, realmente ia matar o cara.  Minha mão estava fechada num objeto de metal qualquer e eu ia avançar pra cima dele, depois matar a irmã dele, e mais qualquer um que estivesse na casa.
No exato momento que estava passando o braço pra frente, pra armar o golpe, o pai dele apareceu no quarto, atrás de mim. Deu um sorriso conciliador, e ainda no sorriso, virou-se para o filho e suavemente disse: "filho, cale a porra da sua boca". Era um ator Global, mais tarde viria a ser candidato a alguma coisa, e com todo o carinho, com a voz suave que já tinha usadi pra seduzir Tonias Carreros, Cristianes Torlonis, Suzanas Vieiras e outras que tais, ele singelamente resolveu a extensão de tempo de vida do filho. Nesse ínterim, eu olhava para minha própria mão e analisava a arma do quase-crime: uma miniatura de kombi, branca e azul.

domingo, junho 19, 2011

Ela

Já esteve aqui alguns anteontens. Morou um pouco na minha cabeça, um pouco no meu coração e se mudou para onde a vida dos outros se muda, depois que somem. Lá, ela cuidou com todo o carinho dela mesma, mas não deixou de ser si mesma, nem sofrendo nem gozando. Que nem eu, acho, mas eu falho às vezes. Aqui e ali.
Importante mesmo é que ela voltou. De toda a terra de Ausência, ela voltou com histórias, cicatrizes, aquilo que todos temos depois de algumas peregrinações. Forte como sempre.
Dá a cada dia sua força, de cada dia tem o que é seu, e vive sua vida em paz.
Agora, aqui. Em mim.

quarta-feira, abril 13, 2011

Branca da net e os 7 linux


Por Teo Ruf Ools

Era uma vez.
Um dia de péssimas conexões, onde se conectava e caia, em uma vasta rede de comunicações tudo era possível de acontecer.
Bits vão, bites vem. Branca da net logava-se em seu netbook, e no quarto ao lado estava sua terrível madrasta, com a morte de seu pai a branca da net passou a ser cuidada pela sua madrasta, que logo seria sua terrível inimiga. A madrasta tinha mania de beleza e todos os dias se logava e repetia a mesma frase “Google, Google meu existe netbook melhor que o meu?” e as resposta sempre era a mesma: “Sua pesquisa - netbook mais rápido que o da madrasta - não encontrou nenhum documento correspondente.”.
Mas um belo dia “Google, Google meu existe netbook melhor que o meu?” e a resposta não foi muito boa “O Google encontrou um resultado para netbook mais rápido que o da madrasta: ‘Branca de Neve com netbook Pentium i7”, e a rainha “nãooooooo seu traste, como pode ter um net tão rápido que o meu?” e o Google respondeu “sua verção de pentium 4 já esta ultrapassada minha senhora!!!”. A rainha então com muita raiva por ter perdido seu posto decidiu acabar com sua rival.
Enquanto isso branca da net estava em seu Orkut e e-mail. Quando de repente recebeu um spam que dizia “acesse suas fotos, e verás sua grande inimiga e que quer te assassinar! Pois você é a detentora do processador mas rápido”. Sem entender branca da net desconecta seu netbook e sai correndo floresta a dentro, quando de repente  avistou um casinha no meio da imensidão da floresta e sem saber de quem era aquela pequenina casinha ela adentro.
A noite foi caindo, o sono foi chegando e branca da net adormeceu, e os donos da casinha voltarão de um dia exaustivo de processos e construções de bancos de dados. Quando chegaram em casa viram uma bela moça deitada em uma das pequenas camas. Assustados os linux, foram chegando perto da linda mulher. Trataram de acessar sua pequena rede wi-fi e rapidamente descobriram que a linda mulher era na verdade a princesa da cidade de Microsoft, filha do rei Bill Gates.
No castelo, a rainha começou sua busca por um assassino cruel e encontrou no Vale do Silício, o senhor Cavalo de Tróia, prometendo jóias, se o mesmo acaba se com sua enteada, e o Cavalo de Tróia foi atrás da princesa. Dias de buscas sem sucesso.
Na casinha, branca da net acordara e descobriu que não estava só: seus anfitriões os pequeninos linux a observavam dormir, então eles se conheceram. Alguns dias depois a princesa resolveu ir ao chipset para colher informaçãs quando finalmente o sr Cavalo de Tróia a encontrou e disse para ela “princesa, vim aqui para mata-la” mas intrigado por sou aura de norton que jamais viu no Vale do Silício. O sr Cavalo de Tróia não teve coragem para matá-la, mas como tinha que levar provas de que tinha cumprido as ordens da rainha ele decidiu “não vou fazer essa crueldade”. Guardou o pen drive, tirou do bolso um pentium i7 e disse ”Vou entregar esse, como se tivesse arrancado do seu equipamento”.
Voltando para casinha Branca colocou seu computador para carregar e ligou-o na internet. Fez a conexão com o provedor Oiiiiiiiiiii.com e entrou numa sala de bate-papo. Conversa vai, conversa vem, ficou um tempão papeando e em busca do nick de Príncipe.
Enquanto isso... no castelo da rainha, chegava um e-mail dizendo que o Sr Cavalo de Tróia havia cumprido o que prometeu pois era muito poderoso. Desconfiada a madrasta rainha tratou de certificar-se que ele tinha cumprido a missão, mas nada daquilo era verdade: o Sr Cavalo de Tróia tinha tentado enganar a rainha e o que lhe mostrou a ela foi na verdade objetos dele mesmo. “Você me enganou! Viruz traidor”. Tome pipipipipipipi fez uma magia e o coitado do vírus virou bateria CR-2032. A rainha então pensou “vou acabar de vez com  aquela safada, sem-vergonha e nojenta. Vou achá-la e acabar com ela! No google maps a rainha “Ah! Conseguirei encontrá-la!”.

Próximo a casinha e retornando depois de um dia exaustivo os 7 linux cantavam, “Eu vou, eu vou, pro data mining agora eu vou, pararatibun, pararatibun, eu vou, eu vou, eu vou, eu vou”
Já em casa “dungaaaaaaaaaa! Cadê meu Blastoise” kkkkkkkkk gesticulando ele expressava, quem não mexera na Blastoise. Atchiiiiiiiiiiiiiiiiiii vire a mão spytchi então foi você! Atchiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. O Zangado, que não tinha papas na língua, logo foi dizendo foi ele mesmo o spytchi, e que não queria confusões.
No dia seguinte voltando para a empresa onde trabalhavam fo facebook e procupados pela princesa. Desenvolviam um meio de bloquear a rainha, No Chat e princesa conversa-va enquanto o príncipe não entrava então deixou um recado para ele. Depois de procuras no maps a rainha achou a branca “Ah! Finalmente a encontrei. Amanhã me transformarei em Vendedora de inforMaçãs e vou dar à Branca uma informaçã cheinha de viruz para aquela vigarista. E destruirei seu i7 hauahahauaha”.
Na manhã seguinte.
Branca da net finalmente consegue conversar com o Príncipe! Era meu bem pra lá, meu amor pra cá. Estava rolando um clima! Opa vai rolar cam
Toc, toc, toc.
Droga quem esta hora quer me atrapalhar. Oi Branca. “Quem é a senhora?”
– Sou a Vendedora de inforMaçãs fui enviada pelos seus amiguinos do facebook para melhorar o desempenha ainda mas de seu netbook. Basta aceitar esse aplicativo, clicar na informaçã e...
Depois da atualização seu net acabou dando tela azul e não voltou mais, perdeu conectividade com o príncipe, deu vários erros, e com isso, a pobre Branca teve um piripaque e caiu dura no chão, de camisola e tudo.
No castelo “Google, Google meu, existe netbook melhor que o meu?” e as resposta “Não minha rainha, você e a tem o net mais rápido do mundo”. Oooo deliciaaaaa!
Então o príncipe percebeu que seu amor virtual não entrava mas deseperado começou a pesquisar e ate se cadastro no facebook para encontrar sua princesa!
Na casinha os pequenos linux acharam o net e a princesa no chão ela estava em um sonho profundo, quando Zangado resmungou “que mulherzinha mas frescurenta! eu empresto meu pc 100 a ela, precisava disso? E agora o que faremos?” e vários dias dormindo no seu teclado e com o mouse em sua mão Marck da Soneca acordou e disse “ ela tem que ser acordada por que a ama” e começaram a sua busca incansavel pelos fóruns.
Do outro lado da linha o príncipe se conectou a rede social e por coincidência conversou com um dos administradores da rede um linux, “Sr linux, tenho como rastrear uma usuária com nick de Branca da Net?” então o dengoddr3 pergunto “o que vc é dela?”, “eu a amo, e quero achá-la” então o linux deu-lhe as coordenadas.
E o príncipe foi atrás de sua amada, ele encontro a pequena casinha, entrou porta a dentro e logo viu sua amada deitada naquela caminha minúscula, escondidos os linux observavam. Ele se direciona a ela e então beijo-a, e dengoddr3 falou” hoje temmm”. A princesa acordou.
Sabe-se que q rainha foi hackeada, provavelmente pelos pequenos linux seu netbook foi totalmente destruído, com isso ela perdeu seu encanto, e logo descobriram que ela que havia envenenado o rei Bill Gates. Com sua poção Windows vista, a princesa e seu príncipe retornaram ao castelo e seu pequenos amigos se tornaram os maiores da rede social o facebook estava decolando já que tinham um amenos pois marckdasoneca (Zuckenberg), so sabia dormir.
E todos viveram felizes para sempre... bom quase, que lá vem o Windows 7!
kkkkkkkkkkkkkkkkk

Só um comentário: o autor desse conto maravilhoso é meu colega de loja, eu só precisei espalhar isso aqui para todo mundo, porque esse nível de criatividade tem que ser incentivado a rodo!!!!

Mulan, o curta

Uma vez a gente ficou imaginando que desenho da Disney nos representava. Eu disse que ela com certeza era a Bela, porque adorava ler, ad...