Acordei quando ela fechou a porta do quarto. Usava um daqueles vestidos de baile de sempre, parece que a vida dela é uma contínua festa de quinze anos. Levantei, coloquei a camisa e meu macacão de sempre, e o boné. Passei rapidamente no banheiro da suíte, escovei os dentes rapidamente, a barba poderia esperar. O bigode estava ótimo em duas passadas de mão.
O rosto eu já nem olho mais. Travado naquela expressão de animado, os cirurgiões nunca se esforçaram para me dar controle das expressões de novo. Mal consigo piscar direito.
O rosto eu já nem olho mais. Travado naquela expressão de animado, os cirurgiões nunca se esforçaram para me dar controle das expressões de novo. Mal consigo piscar direito.
Mal saí do quarto, e esbarrei com aquele assistente nanico dela. O pior chapéu do mundo, e ele anda todo empertigado como se fosse alguém. Graças ao meu probleminha, ele ainda acha que adoro ver aquela cara lisa todo dia. Esse cara achou engraçado o dia em que elogiei a mãe dele na cama, vai entender. Deve ser gay.
– Tem algo pra mim? Perguntei, no meio do meu esgar sorridente. Claro que eu estava pensando em uma garrafa de rum; as minhas temporadas de boa vida com ela precisavam ser amenizadas também, e o preço para isso é alto.
O desgraçado do baixinho estendeu uma bandeja de metal lustroso, com tampa. Ah, miserável!
– Tenho, respondeu ele, naquela vozinha aguda. E levantou a tampa.
Eu já sabia o que era antes de ver. Cinco cogumelos verdes. Cinco malditos cogumelos verdes! Olhei pela janela, já sabendo o que ia ver.
Uma galera do século XV, com um sistema de hélices no lugar de velas, e sobre o convés a refém mais saltitante do mundo, completamente desimpedida, olhando de volta para mim. Ao seu lado, aquele imbecil de cabelo pintado, olhos grandes, com uma pata imunda calmamente descansando na altura dos quadris dela. Ele estava bem satisfeito e risonho, e ao contrário do que ele fez comigo, as expressões do rosto dele podem mudar.
Ela gritava alguma coisa, mas nem com todo o barulho que aquela impossibilidade aerodinâmica fazia, poderia ser interpretado como um pedido de ajuda. Nem mesmo um babuíno bêbado entenderia aqueles gritos como outra coisa que não uma risada histérica.
Quando a nave manobrava para me deixar com vista para a popa, percebi meu próprio irmão, Luigi, esfregando o convés, perto do leme. Me lançou um olhar de desprezo.
Mamma mia, eles nem estão disfarçando dessa vez!
– Tem algo pra mim? Perguntei, no meio do meu esgar sorridente. Claro que eu estava pensando em uma garrafa de rum; as minhas temporadas de boa vida com ela precisavam ser amenizadas também, e o preço para isso é alto.
O desgraçado do baixinho estendeu uma bandeja de metal lustroso, com tampa. Ah, miserável!
– Tenho, respondeu ele, naquela vozinha aguda. E levantou a tampa.
Eu já sabia o que era antes de ver. Cinco cogumelos verdes. Cinco malditos cogumelos verdes! Olhei pela janela, já sabendo o que ia ver.
Uma galera do século XV, com um sistema de hélices no lugar de velas, e sobre o convés a refém mais saltitante do mundo, completamente desimpedida, olhando de volta para mim. Ao seu lado, aquele imbecil de cabelo pintado, olhos grandes, com uma pata imunda calmamente descansando na altura dos quadris dela. Ele estava bem satisfeito e risonho, e ao contrário do que ele fez comigo, as expressões do rosto dele podem mudar.
Ela gritava alguma coisa, mas nem com todo o barulho que aquela impossibilidade aerodinâmica fazia, poderia ser interpretado como um pedido de ajuda. Nem mesmo um babuíno bêbado entenderia aqueles gritos como outra coisa que não uma risada histérica.
Quando a nave manobrava para me deixar com vista para a popa, percebi meu próprio irmão, Luigi, esfregando o convés, perto do leme. Me lançou um olhar de desprezo.
Mamma mia, eles nem estão disfarçando dessa vez!
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