terça-feira, maio 20, 2014

Troncha

Patética, perdida, imoral. Fazendo lasanha das palavras, numa lengalenga sem fim ou motivo. Apenas um eco, já caricatural, já brega, de algo que você soube reconhecer como desejo. Lanhas de teus caldos e das canas que viste, pernas já nem tão bambas de prazer, mais da idade mesmo, duas-caras bancando a mãe gentil dentro de um quartel, para rapidamente virar-se num guaxinim frenético de maquiagens, perfumes e frases prontas. Veste-se com toalhas pois está servida a janta.
Perdida ao meio da estrada lúgubre, pichada por canadenses assexuados, já nem sabes o que pretendias: causar? estragar? salvar?
Nada deu em nada para ti. Já soube, que eu vi no fundo de teus olhos e dentro da tua alma, já soube o que era aquele céu que de vez em quando babejas em teus toscos textos. Eu vi você lá, porque foi onde te coloquei incontáveis vezes. E quem mais fez isso?
Vais andar abraçada a teus murmúrios, com as macaquinhas de auditório a te fazerem coro, sem sequer entender que jamais poderão ser o que você foi, ou é. Vai, desclame-se. Aporrinhe-se. Perca-se.
Mas dá um jeito de devolver aquele laptop, ele é bom demais para ti, sua brega.

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