Quinze dias de viagem até esse país. Oh céus, meu marido tentou de tudo para tornar a viagem o mais agradável possível. Mas como poderia, sendo a nossa relação do jeito que é?
Ele é um marinheiro competente, consegue emprego sempre. Ainda que o dono do navio seja um sujeito extremamente estranho. E ainda por cima o navio tinha que voar?
O patrão tem toda uma frota de navios voadores, e agora está precisando de tripulação experiente, veio buscar no porto do meu marido um grupo inteiro de marujos para trabalhar com ele.
E meu marido, aquele cabeçudo, ainda cismou com todo aquele espinafre enlatado na despensa. Como que eu posso tratar ele direito se ele resolve que um terço do espaço da despensa tem que ser de espinafre enlatado?
Se ao menos eu pudesse ter um tempo a sós com meu amigo... Ele me entende.
Aquela barba espetada, aquele peitoral aberto, aquilo sim que é homem! Mas o que tem de gostoso tem de vagabundo. Se eu pudesse me deitar naquele tórax, tão peludo que parece um carpete, e esquecer minha vidinha um pouco... Mas ele não está aqui. Nem o Dudu, que mais uma vez ficou com a Alice enquanto corro mundo atrás das aventuras do meu marido.
Pelo menos ele está progredindo. Imagine, imediato em país estrangeiro! E ele está lotado logo na nau do Almirante, isso não é para qualquer um não! Vou comprar mobília nova quando a gente voltar.
continua (um dia)
segunda-feira, agosto 24, 2009
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